sábado, 24 de setembro de 2011

Anestesia Geral - Uma difícil decisão?


Anestesia Geral - Uma difícil decisão?

fonte: vetclinic

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     Muitas vezes, no exercício da Clínica Médica, necessitamos recorrer a procedimentos cirúrgicos que invariavelmente causam muita dor. Somente com a abolição da dor, graças a procedimentos e técnicas anestésicas, é possível a realização de técnicas cirúrgicas indispensáveis a cura de muitas enfermidades.
     A anestesita pode ser geral ou local. A anesteria geral é todo ato anestésico reversível que causa analgesia (ausência de dor), inconsciência e relaxamento muscular adequado, mantendo as funções vitais do paciente. A anestesia local ocorre quando bloqueamos de maneira reversível os impulsos de dor de uma área limitada do corpo do paciente sem causar inconsciência. Porém, esta técnica apresenta limitações quando da necessidade de intervenções de grande extensão e profundidade.
     Inicialmente, a anestesia geral foi instituída nos Estados Unidos da América, entre os anos de 1842 a 1847, pelos dentistas Horace Wells e William Thomas Green Morton ao utilizarem o óxido nitroso (gás hilariante) e o éter. Embora hajam relatos da utilização do clorofórmio em eqüinos e do éter em cães e gatos desde 1847, somente a partir de 1940 a anestesia veterinária tornou-se uma prática bastante diluída.
     Atualmente, após grandes avanços com a descoberta de novas técnicas e de drogas mais seguras, a anestesia veterinária apresenta riscos mínimos para os pacientes. A formação de Médicos Veterinários especializados em Anestesiologia tem, também, contribuído de forma decisiva para minimizar as perdas durante os procedimentos cirúrgicos. Pacientes idosos e pacientes de risco, detentores de patologias graves, podem ser submetidos a procedimentos anestésicos com boa margem de segurança, ganhando uma maior expectativa e qualidade de vida.
     É bastante comum, nos consultórios, a indecisão do proprietário em submeter seu "pet" à anestesia geral, postergando procedimentos cirúrgicos indispensáveis. Muitas vezes a remoção de tumores malignos é retardada, por medo da anestesia, colocando em risco a sobrevida do paciente, pois com o passar do tempo aumentam as chances do tumor formar metástases (surgimento de focos secundários à distância), reduzindo sobremaneira as chances de sucesso da terapia cirúrgica.
     Os clientes que possuem animais que necessitem ser submetidos à anestesia geral devem informar-se sobre a capacitação do profissional responsável pela anestesia e sobre técnicas anestésicas que serão utilizadas. No mínimo, três profissionais devem estar envolvidos nesses procedimentos: um anestesista, e dois cirurgiões. Portanto, a escolha de um profissional capacitado e o uso de modernos anestésicos inalatórios, como o isoflurano, dão ao cliente maior segurança para decidir sobre a realização ou não da anestesia geral.

Texto: Paulo Ricardo Centeno Rodrigues
Médico Veterinário, Anestesista.

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