sábado, 20 de janeiro de 2018

BENEFÍCIOS FÍSICOS E PSICOLÓGICOS DA RELAÇÃO HOMEM X ANIMAL


BENEFÍCIOS FÍSICOS E PSICOLÓGICOS DA RELAÇÃO HOMEM X ANIMAL
- Desde 1792, na Inglaterra, já existiam estudos que mediam os benefícios da relação mais estreita com os animais, a começar com os doentes mentais.
- Dois médicos da África do Sul, Prof. Johannes e a Dra. Susan Lehmann, obtiveram ótimas respostas sobre os mecanismos biológicos alterados na relação entre seres humanos e animais. Tanto humanos como os cães sofrem uma mudança hormonal benéfica nas endorfinas beta, phenilatalamina, prolactina, dopamina e oxitocina dentro de uma interação positiva de 15 minutos. A liberação dessas substâncias químicas não somente faz as pessoas felizes, mas também diminui o hormônio do estresse, que é o cortisol. (Odendaal, 2001)
- Um dos últimos estudos do Dr. Odendaal envolveu 6 participantes clinicamente depressivos, os quais tiveram a visita de cães por 30 minutos diariamente. O sangue das pessoas do grupo, antes de receberem a visita dos cães, foi medido e apresentou baixo nível de aminoácidos de precursores químicos, que criam o prazer e a alegria, a serotonina, phenylethylamine e dopamina. Depois que os cães foram introduzidos, os precursores do aminoácido dessas substâncias químicas aumentaram no soro do sangue. As pessoas relataram que se sentiam menos deprimidas. (Odendaal, 2003)
- O prof. Warwik Anderson descobriu, num estudo com amostra de 6.000 pessoas, que os proprietários de cães e gatos tinham significativamente menos taxas de trigliceres e colesterol do que os não proprietários. (Anderson, 1992)
- Um estudo de grande escala na Austrália mostra a associação entre os proprietários de animais de estimação e vantagens para a saúde física e fisiológica. Foi reportada uma associação entre os proprietários e os baixos níveis de fatores de risco para doenças cardiovasculares. (Anderson, Reid & Jennings, 1992; Wilson, Turner, 1998) Níveis mais baixos de plasma, trigliceres, colesterol e pressão sangüínea sistólica foram descobertos em proprietários, especialmente entre os homens.
- O estudo realizado por Érika Friedmann e Sue Thomas, 1995 (Wilson, Turner, 1998), identificou que proprietários de cães tinham sobrevida maior depois de um ataque do coração do que não proprietários.
- Recentes estudos apontam que as crianças entre 5 e 12 anos, que têm animais de companhia, têm mais sensibilidade e compreendem melhor os sentimentos de outras pessoas e têm mais sensibilidade e compreendem melhor os sentimentos de outras pessoas, têm mais empatia. Crianças mais jovens desenvolvem mais rapidamente a cognição e se tornam até mais espertas, com aumento considerável em seus pontos de QI. Podem desenvolver mais rapidamente sua coordenação motora, campo visual e sua inter-relação com o mundo exterior.
- Alunos que têm um envolvimento maior com os animais têm maiores índices de liderança e de altruísmo e menores índices de problemas comportamentais e menos ansiedade.
- Há programas nos quais as crianças lêem para o cão. Um desses foi criado em 1999 nas escolas de cursos básicos na cidade de Salt Lake City – E.U.A. – e realmente funcionou. Alguns cães foram treinados para essa tarefa, cada criança tinha 20 minutos com o cão: 2 minutos para cumprimentá-lo, 15 minutos de leitura e um pouco mais para despedir-se. O que ficou claro foi um ambiente de relaxamento e de descontração que proporcionou aos 6 primeiros participantes, em 10 semanas, ótimos resultados. As mesmas premissas são endossadas por outros pesquisadores neste campo, com pesquisas envolvendo 38 crianças. Observaram que a presença de um cão resultou também na redução da pressão sangüínea das crianças, enquanto elas liam calmamente em voz alta. (Lynch, 2000)
- Especialistas afirmam que a observação de um aquário cheio de peixes é tão eficaz quanto qualquer outra técnica tradicional de meditação, porque diminui também a pressão sangüínea. (Lynch, 2000)
- No caso da separação dos pais, os animais podem prover distração, conforto e ter um efeito positivo sobre as crianças. (Bergler, 2001)
- Em hospitais e clínicas psiquiátricas, os pacientes hospitalizados têm nos animais um catalisador para interações que ajudam no tratamento. (Bardill, Hutchinson, 1997) Diminuem a ansiedade e servem como uma recreação terapêutica. (Barker, Dawson, 1998; Hall, Malpus, 2000)
- Com os idosos, os benefícios da relação com os animais vão desde a melhora na socialização, no cuidado com a própria saúde para poder cuidar do animal, até redução do estresse, pressão sangüínea, triglicerides, açúcar e outros. (Allen K. et al., 1997; Dembicki, Anderson, 1996)
- Passear com os cães também é saudável. Recente estudo da faculdade de Harvard mostra que mulheres que passeavam de forma moderada tiveram menos risco de doenças nas artérias coronárias do que aquelas que não se movimentavam. Demonstrou-se também que perderam peso, reduzindo ainda o risco de diabetes em 58%. (Becker, 2002)
(FONTE: Terapia & Animais de Jerson Dotti, Editora Noética, SP, 2005)

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Como agir em casos de agressividade por possessividade?


Por Equipe Cão Cidadão
Imagine um cãozinho que é um amor com seu dono, mas que se torna agressivo quando está com a bolinha preferida na boca... Ele pode estar manifestando agressividade por possessividade. Aí vão algumas dicas para o proprietário evitar e controlar esses casos.
A agressividade faz parte do comportamento dos cães. É transmitida geneticamente e pode sofrer alterações dependendo de tipo de criação (socialização, educação, etc). A agressividade pode ser apresentada desde filhote, enquanto estão disputando a mamada da mãe; durante a adolescência, quando os machos começam a disputa na hierarquia; nos adultos quando defendem o território ou a comida; além de muitas outras situações ou fases de vida.
A agressividade por possessividade acontece quando o animal demonstra agressividade com objetos valiosos (brinquedos preferidos), pessoas ou outros animais. Um bom exemplo é quando o proprietário pega o cão no colo e ele fica latindo e rosnando para outras pessoas ou animais. Outro caso bem comum é quando o cachorro está com a bolinha preferida na boca e fica agressivo se alguém tenta pegar.
O melhor controle é a melhor prevenção. Acostume seu cão, desde filhote, com diversos brinquedos, ossos, manipulando os objetos na boca do animal. Por exemplo: quando for pegar osso da boca do cachorro, recompense a atitude correta. O comando “solta” é de grande utilidade para evitar o problema. O cão também deve aceitar e ser recompensado pela aproximação de outras pessoas ou animais quando está no colo ou perto do dono.
A hierárquica deve estar muito bem definida para o animal, sabendo que todas as regras e limites são estabelecidos pelos proprietários, caso contrario, ele pode tentar liderar algumas situações como, se mostrar agressivo quando alguém abraçar seu dono.
Valorize outros brinquedos ou tenha dois iguais. Se o cão ficar agressivo quando está com o bicho de pelúcia o proprietário pode tentar trocar por uma bola (que o cachorro também valorize) ou por um bicho de pelúcia idêntico.
Desde o início nunca reforce um comportamento de agressividade como, achar engraçado o cão rosnar quando alguém tirar a bola de sua boca. O proprietário deve lembrar que é muito mais fácil corrigir a agressividade no começo.
Caso o cão esteja muito agressivo, nunca tente o confronto direto, pois pode ser perigoso. Associe bons acontecimentos com o fator que desencadeia a agressão. Se o problema for à aproximação de outra pessoa perto do dono, trabalhe recompensando o animal enquanto ele não estiver agressivo.
Seja qual for o caso de agressividade, este problema pode colocar em risco a segurança dos envolvidos. Por isso, conte sempre com a ajuda de um adestrador ou especialista em comportamento no local, para avaliar o caso e dar as orientações necessárias.
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Texto: Rodrigo Caldarelli (Adestrador da Cão Cidadão)
Revisão e Edição Final: Alex Candido