sábado, 28 de janeiro de 2012

O compromisso de ser voluntário - Por Juliana Castro


O compromisso de ser voluntário - Por Juliana Castro

12 de Janeiro de 2012
Os motivos que conduzem as pessoas à iniciativa de aderirem ao
 voluntariado são individuais. Cada qual encontra sua inspiração em
causas diferentes. Algumas pessoas sofrem traumas na vida, seja com
 acidentes, doenças, perdas familiares, etc, e o voluntariado passa a se
 tornar uma solução terapêutica para o enfrentamento dos seus problemas.
 Em outros casos, os motivos que conduzem à iniciativa do trabalho
 filantrópico podem ser meramente por devoção e afinidade a uma causa
 específica. Outras pessoas podem assistir filmes, documentários, ouvir
 depoimentos e relatos, presenciarem cenas da vida alheia ou lerem livros
 que sirvam de inspiração para a prática voluntária. Mas seja qual for a
 razão que conduz um determinado indivíduo a aderir ao voluntariado, ele
 deve estar ciente de que a atividade requer compromisso e responsabilidade. 
Quando uma entidade do terceiro setor é procurada por alguém interessado
 em oferecer serviços voluntários, geralmente ela solicita o preenchimento de
 um termo. O documento, não tem a finalidade primária de exigir o
 compromisso assumido pelo candidato ao voluntariado, mas sim conhecer
 melhor os seus interesses, suas habilidades, as razões que o motivaram para
 a atividade e, principalmente, a disponibilidade de horários que a pessoa
 pretende dedicar a este trabalho. A veracidade no preenchimento destas
 informações é fundamental para o sucesso do comprometimento que o
 voluntário irá assumir.
Em termos práticos, vamos supor que uma pessoa manifeste interesse em
 trabalhar voluntariamente com uma ONG de proteção animal. Em primeiro
 lugar, o voluntário tem que entender as necessidades da entidade, pois nem
 sempre a área em que ele pretende atuar é aquela que a entidade requer seus
 serviços. O voluntário pode querer, por exemplo, fazer resgates de animais,
 mas a ONG pode estar no limite da capacidade em seus lares temporários e
abrigos, portanto, pode colocar como prioridade a atuação de ativistas em feiras
 de adoção. Neste caso, ser um voluntário comprometido com a causa significa
 abdicar dos seus interesses individuais em nome da coletividade, dispondo-se a
 dedicar seu tempo (conforme previamente declarado no termo assinado) para
 a área que, naquele momento, requer mais atenção.
Outra questão que denota a responsabilidade assumida pelo indivíduo que se
 propõe a este tipo de atividade é a pontualidade. Eventos e outras ações
 promovidas por entidades do terceiro setor são previamente agendadas e os
 voluntários são selecionados, conforme suas disponibilidades de horários. O
 voluntário que deixa de cumprir com o compromisso assumido (do início ao fim), prejudica os demais, que acabam sobrecarregados para suprir a ausência do outro.
É importante lembrar que o trabalho voluntário, como o próprio nome diz, não é obrigatório e nem remunerado. No entanto, ninguém é coagido a assumir este
 tipo de compromisso, portanto ele deve ser feito com dedicação pela pessoa que
se propõe por livre arbítrio a exercê-lo. As entidades, que trabalham seriamente
 por diferentes causas, contam com a responsabilidade daqueles que se dispõem
 a ajudar. E vale ressaltar que querer fazer o bem e fazer o bem de fato são duas
 coisas diferentes. Quem se propõe a colaborar e deixa os outros na mão, mais
 atrapalha do que ajuda.
Este artigo não tem a finalidade de desencorajar o voluntariado, mas sim
 conscientizar as pessoas sobre a responsabilidade inerente a este tipo de trabalho.
 Seja vivo! Abrace uma causa! Tenha uma ideologia! Ajude! E nunca se esqueça
 que, no momento que você se dispor a isso, outras pessoas passam a contar com 
você!
Por: Juliana Castro
Editora do website Notícia Animal - www.noticiaanimal.com.br

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