A falta de conhecimento e o “especismo” tem feito um grande mal à humanidade em nome da ganância
04 de abril de 2012 às 9:20
“Se um pesquisador propusesse testar um medicamento para idosos utilizando como modelo moças de vinte anos; ou testar os benefícios de determinada droga para minimizar os efeitos da menopausa utilizando como modelo homens, certamente haveria um questionamento quanto à cientificidade de sua metodologia. Isso porque assume-se que moças não sejam modelos representativos da população de idosos e que rapazes não sejam o melhor modelo para o estudo de problemas pertinentes às mulheres. Se isso é lógico, e estamos tratando de uma mesma espécie, por que motivo aceitamos como científico que se teste drogas para idosos ou para mulheres em animais que sequer pertencem à mesma espécie? Por que aceitar que a cura para a AIDS esteja no teste de medicamentos em animais que sequer desenvolvem essa doença? E mesmo que o fizessem, como dizer que a doença se comporta nesses animais da mesma forma que em humanos? Mesmo livros de bioterismo reconhecem que o modelo animal não é adequado. Dados experimentais obtidos de uma espécie não podem ser extrapolados para outras espécies. Se queremos saber de que forma determinada espécie reage a determinado estímulo, a única forma de fazê-lo é observando populações dessa espécie naturalmente recebendo esse estímulo ou induzi-lo em certa população.” Sérgio Greif é biólogo em São Paulo/SP, mestre em Alimentos e Nutrição, autor dos livro “A Verdadeira Face da Experimentação Animal: A sua saúde em perigo” e “Alternativas ao Uso de Animais Vivos na Educação: pela ciência responsável”.
“Você Já ouviu dizer que quando se conta uma mentira muito grande, em voz muito alta e muitas vezes, mais cedo ou mais tarde as pessoas acreditarão nela? Pois bem… bem vindo ao maravilhoso e colorido mundo das proteínas! Nunca foi dita mentira maior do que essa de que o ser humano precisa de uma dieta rica em proteínas para manter uma ótima saúde e bem estar. É bem provável que você esteja muito consciente sobre quanto ingere de proteínas. Por que isso? Algumas pessoas estão tentando um aumento do nível de energia. Algumas pensam que precisam de proteína para aumentar a resistência. Algumas comem-na para ter ossos fortes. Mas, em cada um desses casos, o excesso de proteína produz efeito exatamente oposto. Procuremos um modelo de quanta proteína você deve realmente precisar. Quando é que você imagina que as pessoas precisam mais de proteínas? Provavelmente quando são crianças pequenas.
A Mãe Natureza providenciou um alimento, o leite materno, que fornece à criança tudo que ela precisa. Adivinhe quanta proteína tem o leite materno – 50 por cento, 25 por cento, 10 por cento? Menos! O leite materno tem 2,38070% de proteína logo após o parto, que se reduz para 1,2; 1,6%, em seis meses. Isso é tudo. Então, de onde tiramos a idéia de que os seres humanos precisam de doses maciças de proteínas. Ninguém realmente tem qualquer idéia de quanta proteína precisamos. Após dez anos estudando as necessidades humanas de ingestão de proteínas, o dr. Mark Hegstead, antigo professor de nutrição da Harvard Medical School, confirmou o fato de que a maioria dos seres humanos parece adaptar-se a qualquer quantidade de proteína que esteja disponível para eles. Além do mais, mesmo pessoas como Frances Lappé, que escreveu Diet for a Small Planet, e que por quase uma década promoveu o conceito de combinar vegetais para conseguir todos os aminoácidos essenciais, dizem que estavam erradas, que as pessoas não têm de combinar suas proteínas, que se você fizer uma dieta vegetariana convenientemente balanceada, conseguirá toda a proteína de que necessita.
A National Academy of Sciences diz que o norte-americano adulto precisa de 56 gramas de proteína por dia. Num relatório do International Union of Nutritional Sciences, descobrimos que cada país tem diferentes exigências de proteínas diárias para o adulto, que variam de 39 a 110 gramas por dia. Assim, quem realmente tem alguma idéia? Por que você precisaria de toda essa proteína? Presume-se que seja para repor o que perdeu. Mas você perde só uma pequena quantidade por dia, através da excreção e respiração! Então, onde eles conseguiram essas cifras?! Procuramos a National Academy of Sciences e perguntamos como chegaram à cifra de 56 gramas.
De fato, os relatórios deles diziam que só precisamos de 30, mas recomendavam 56. Mas eles também afirmam que o excesso de proteína ingerida sobrecarrega o trato urinário e causa fadiga. Por que, então, recomendam até mais do que dizem que precisamos? Ainda estamos aguardando uma boa resposta. Disseram-nos simplesmente que costumavam recomendar 80 gramas, mas, quando decidiram baixar, depararam com um grande protesto público. De quem? Você ou eu fomos reclamar? Não é provável. O grito de protesto veio dos interesses de industriais que ganham seu sustento com a venda de alimentos e produtos altamente proteicos. Qual é o maior e melhor plano de comercialização na terra? É fazer as pessoas pensarem que morrerão, a menos que usem certo produto. E foi isso o que aconteceu com as proteínas. Analisemos o fato corretamente. O que você acha da idéia de que precisa de proteínas, como energia? O que é que seu corpo usa como energia? Primeiro, ele usa glicose das frutas, vegetais e brotos. Então usa amido, depois usa gordura. E a última coisa que chega a usar é proteína. Basta, quanto ao mito. E sobre a idéia de que as proteínas ajudam a aumentar resistência? Errado. Proteína em excesso dá ao corpo nitrogênio em excesso, que causa fadiga. Gente com corpo modelado, todo estufado de proteínas, não é conhecida por sua habilidade de correr maratonas. Ficam muito cansados. Bem, e quanto à questão das proteínas fazerem ossos fortes? Errado outra vez. É o contrário. Muita proteína tem estado ligada sempre à osteoporose, degeneração e enfraquecimento dos ossos. Os ossos mais fortes do planeta pertencem aos vegetarianos. Eu poderia lhe dar uma centena de razões pelas quais comer carne devido às proteínas é uma das piores coisas que pode fazer. Um dos produtos derivados do metabolismo da proteína é a amônia, por exemplo.
Deixem-me mencionar dois pontos em particular. Primeiro, a carne contém altos níveis de ácido úrico, que é um dos resíduos ou produtos excretórios resultantes do trabalho das células vivas. Os rins extraem ácido úrico da corrente sanguínea e enviam-no para a bexiga para ser passado com a uréia, como urina. Se o ácido úrico não for pronta e seguramente removido do sangue, o excesso se acumula nos tecidos do corpo, para mais tarde provocar gota ou pedra na bexiga, sem mencionar o que ele faz para seus rins. Descobriu-se que as pessoas com leucemia, em geral, têm níveis muito altos de ácido úrico na corrente sangüínea. Um pedaço médio de carne tem 907,2 mg de ácido úrico. Seu corpo pode eliminar só 518,4 mg de ácido úrico por dia. De mais a mais, você sabe o que dá à carne seu sabor? Ácido úrico do animal, que agora está morto, e que você está consumindo. Se duvidar disso, tente comer carne à moda Kosher (ortodoxa judaica), antes de ser temperada. O sangue é drenado e, assim, a maior parte do ácido úrico. Carne sem ácido úrico não tem sabor. É isso que você quer pôr em seu corpo, o ácido normalmente eliminado na urina de um animal?!A carne está fervilhante de bactérias de putrefação. Se você não sabe o que são bactérias de putrefação, elas são germes do cólon. Como explicou o dr. Milton Hoffman em seu livro The Missing Link in the Medical Curriculum Which is Food Chemistry in Its Relationship to Body Chemistry; página 135: “Quando o animal está vivo, o processo osmótico no cólon evita que as bactérias da putrefação passem para o animal. Quando o animal está morto, o processo osmótico pára e as bactérias da putrefação atravessam as paredes do cólon e entram na carne. Elas amaciam a carne”.
Você sabe que a carne tem de envelhecer. O que envelhece ou amacia a carne são as bactérias de putrefação. Segundo técnicos abalizados, as bactérias nas carnes são idênticas àquelas do esterco e mais numerosas em algumas carnes do que no esterco. Todas as carnes tornam-se infectadas com germes de esterco no processo de matança, e o número aumenta quanto mais tempo a carne for mantida armazenada. É isso que você queria comer? Você sabe o que Pitágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Leonardo da Vinci, Isaac Newton, Voltaire, Henry David Thoreau, George Bernard Shaw, Benjamin Franklin, Thomas Edison, o dr. Albert Schweitzer, Mahatma Gandhi, tinham em comum? Um grupo nada mal, para servir de modelo a ser seguido, não é? São os laticínios melhores? De algumas formas, são até piores. Todo animal tem leite com o equilíbrio certo de elementos para esse animal. Muitos problemas podem surgir de bebermos leite de outros animais, incluindo o de vaca. Por exemplo: os fortes hormônios de crescimento, no leite das vacas, destinam-se a fazer um bezerro crescer de 40 quilos ao nascer até quase 450 quilos na maturidade física, dois anos mais tarde. Em comparação, uma criança humana nasce com cerca de 2.800- 3.500 gramas e atinge a maturidade física de 46 a 90 quilos, 21 anos mais tarde. Há uma grande controvérsia sobre o efeito que isso tem em nossa população. O dr. William Ellis, grande autoridade em produtos laticínios e como eles afetam a corrente sanguínea humana, declara que se você quiser alergias, beba leite. Se quiser um sistema “entupido”, beba leite. A razão, declara ele, é que poucos adultos podem metabolizar adequadamente a proteína do leite da vaca. A principal proteína no leite de vaca é a caseína, que é o que o metabolismo da vaca precisa para uma boa saúde. No entanto, caseína não é o que os humanos precisam. De acordo com os estudos do dr. Ellis, tanto as crianças como os adultos têm grande dificuldade em digerir a caseína. Seus estudos agora mostram que, pelo menos em crianças, 50 por cento ou mais da caseína não é digerida. Essas proteínas parcialmente digeridas com frequência entram na corrente sanguínea e irritam os tecidos, criando susceptibilidade às alergias. Por fim o fígado tem de remover todas essas proteínas de vaca parcialmente e isso provoca uma enorme e desnecessária sobrecarga ao sistema excretor interno e no fígado em particular, Quanto beber leite pelo cálcio, Ellis declara que aos fazer testes de sangue em 25.000 (vinte e cinco mil) pessoas, descobriu-se que aqueles que tomam três, quatro ou cinco copos de leite por dia, têm o mais baixo nível de cálcio no sangue! ”Anthony Robbins, no livro Poder sem limites 23ª edição.
Eu citei esses dois trechos de livros acima, para lhes relatar a grande hipocrisia em que vivemos e que tem nos causado um grande mal. Mas o que está por trás disso tudo, da ganância, da compaixão desenfreada ao dinheiro, que cega todo mundo, e que nos faz tratar nossos irmão animais como objetos e consequentemente destruindo as vidas das pessoas também? Bem, durante a Segunda Guerra Mundial, cerca de seis milhões de judeus foram assassinados. E atualmente, mais ou menos 160 milhões de animais são abatidos (assassinados) em matadouros diariamente para matar a fome dos animais humanos (humanos?), que se acham os “escolhidos” por Deus. Mas qual a diferença entre nazismo e especismo? Nazismo é um conjunto de idéias, de doutrinas políticas e sociais do Partido Nacional Socialista que foi liderado por Hitler, baseada na premissa de que a raça ariana é superior ás demais raças. Segundo ele, eslavos, poloneses, ciganos, judeus, homossexuais, deficientes mentais e físicos não mereciam viver, pois não pertenciam à uma “raça pura” O especista acredita que a vida de um membro da espécie humana, pelo simples fato do indivíduo pertencer à espécie humana, tem mais peso, mais importância do que a vida de qualquer outro ser. Os fatores biológicos que, determinam a linha divisória de nossa espécie teriam um valor moral – nossa vida valeria “mais” que, a de qualquer outra espécie.
Existem basicamente dois tipos de especismo. O mais comum, o especismo elitista é o preconceito para com todas as espécies que não a humana. Este tipo de especismo tem ligação bastante próxima com o antropocentrismo muito disseminado em culturas patriarcais ocidentais. A outra forma de especismo, é aquele que escolhe alguma(s) espécie(s) em particular como alvo da discriminação. Por exemplo, algumas pessoas podem acreditar que nunca deva se tirar uma vida de um cão e gato, mas ao mesmo tempo podem ignorar o direito à vida de um boi ou um porco, se alimentando destes. E o especismo é uma variação do nazismo e é um termo muito usado nos dias atuais para expor sobre a problemática da Libertação Animal. É um conjunto de crenças e fatores que levam o indivíduo a pensar que por pertencer à uma espécie diferente, por si só, já é uma justificativa para matar, torturar e explorar outra espécie, o que no caso, a espécie dos animais. É uma abominação sem precedentes. Precisamos continuar nossa evolução enquanto seres humanos, e tirar de nosso meio, atos de abusos, como rodeios, abandono, uso de animais em experimentações científica, comercio de animais, dentre vários outros atos obscenos praticados contra a vida. A vida dos animais está intrinsecamente ligada à nossa vida. Quem não respeita os animais enquanto seres vivos, comprovadamente não tem afeto, nem amor ao próximo como irmão!
Fonte: Jerry Lewis
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