Entendendo o Cão Idoso - Parte I
Foto: Moriartys - Flickr |
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Na opinião do médico veterinário especialista em geriatria e em endocrinologia animal, Luiz A. de Carvalho, "os cães de hoje ganharam 25% de sobrevivência a mais em relação à expectativa média de vida, assim como nós humanos, e isso aumenta a possibilidade de as patologias degenerativas também aumentarem o seu percentual. Fica claro que pacientes nefropatas (com problemas renais) ficarão melhor com dieta específica, bem como cardiopataas (com problemas cardíacos) e demais pacientes com outras patologias que os acompanharão pelo resto da vida. Existem rações comerciais excelentes cumprindo esses objetivos.
A suplementação é necessária apenas aos pacientes que se alimentam com 'comida humana'. Já os que se alimentam de ração não devem receber suplementos", acrescenta.
No que diz respeito a atitudes indesejadas, tais como alterações de humor, intolerância às brincadeiras de outros cães, sensibilidade aguçada, carência de atenção e até mesmo agressividade, o veterinário especialista em comportamento Mauro Lantzman defende que tais características não são obrigatórias na "terceira idade" caninca e que depende muito de cada animal.
" O animal idoso pode sentir mais dor por conta de fatores como a degeneração óssea ou do sistema nervoso. Por outro lado, com a idade, os cães tendem a ficar mais calmos e há também aqueles que são mais agitados - depende de como era a personalidade na juventude. O cão pode manter seu nível de atividade típico ou esse nível de atividade tende a cair. Vai depender também da maneira como foi criado, de doenças e da própria idade."
De acordo com Luiz Carvalho, alterações de comportamento são comuns nessa fase, mas não necessariamente "normais". "Os pacientes interagem muito pior por conta de ter comprometidos os sentidos (olfato, visão, audição, paladar e tato). O ideal seria que o surgimento de qualquer comportamento indesejado fosse avaliado por um veterináro especializado em neurologia, comportamento ou geriatria."
continua...
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